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A Lenda do Guaraná

A lenda do Guaraná tem origem na região norte do Brasil e é uma das mais populares do nosso folclore. O guaraná é um fruto originário da Amazônia.

Segundo a lenda folclórica da região, ele é originalmente os olhos de um indiozinho que foi mordido por uma serpente quando estava apanhando frutos na floresta.

Tudo aconteceu quando um casal de índios que não tinha filhos pediu ao Deus Tupã que tornasse possível o seu desejo de serem pais. O pedido foi atendido e o casal teve um menino bonito e saudável que era estimado em toda a tribo.

As tribos de Mundurucânia eram as mais prósperas dos índios.

Venciam todas as guerras, as pescas eram ótimas, os peixes os melhores e a doença era rara. Tudo isso por causa de um curumim que, há alguns anos, nascera naquela tribo.

Ele era o mais protegido de todos.

Nas pescas, era acompanhado por muitos – os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo. Mas, certo dia, toda a segurança foi embora: o Gênio do Mal apareceu em forma de cascavel e feriu o garoto. A tribo entrou em lamentação e em desespero.

Invejoso de suas qualidades, JURUPARI, o Deus da escuridão, resolveu matar o indiozinho.

Um dia, enquanto o menino colhia frutos na floresta, Jurupari se transformou em serpente.

Tupã mandou trovões ensurdecedores alertando os pais do perigo que o menino corria, mas não houve tempo até que a serpente matasse o menino com o seu veneno.

Assim, Tupã disse:

– Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a “planta da vida”, ela dará força aos jovens e revigorará os velhos.

Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatro luas.

Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os músculos dos guerreiros da tribo. E quando ela frutificou, seus frutos de negro azeviche, envoltos de um arilo branco com duas cápsulas de cor vermelho-vivo.

Diziam os índios: – É a multiplicação dos olhos do príncipe!

E o fruto trouxe progresso da tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros.

O consumo do guaraná aumenta o gasto calórico diário e diminui o apetite, é rico em catequina que é uma substância que combate os radicais livres, tendo efeito antioxidante, prevenindo o envelhecimento.

O Brasil é o único produtor comercial de guaraná no mundo. Onde há destaque para a região do Norte do Brasil: Amapá, Tocantins, Amazonas, sul da Bahia e norte do Mato Grosso, regiões que possuem condições ideais de cultivo. A cidade de Maués é a que mais produz guaraná.  Além da produção, é uma cultura entranhada e tradicional na região. Sendo uma herança familiar e sucessional, passada de avós para pais e filhos, em famílias indígenas, ribeirinhas e quilombolas.  É o símbolo do estado do Amazonas, tendo um futuro promissor com o cultivo e desenvolvimento regional, baseado na economia de subsistência, utilizada pelos indígenas antes da chegada dos portugueses. 

O guaraná (nome científico: Paullinia cupana), comumente chamado guaranazeiro e uaraná, é um cipó originário da Amazônia. É encontrado no Brasil, Peru, Colômbia e Venezuela, sendo cultivado principalmente no município de Maués, no estado do Amazonas.

Guaraná é um refrigerante feito à base de fruta do guaraná. O processamento do xarope da fruta inicia-se no Brasil em 1905 por Fara, um médico da cidade de Resende, Rio de Janeiro.

O guaraná na sua forma selvática, sobe nas árvores podendo chegar a 13 metros de altura. Quando cultivado em áreas abertas assume a forma de um arbusto. Os frutos dele, em cachos, tem uma casca vermelha que abre quando estão maduros. Aparece então a polpa branca e a semente preta, que fica exposta. Essa sua forma única e caracteristica parece com um olho humano e isso alimentou as lendas indígenas sobre a sua origem. A semente do guaraná é consumida pelos índios Sateré-Mawé há muitos séculos, bem antes da chegada dos europeus no Brasil. As sementes torradas contém guaranina, um estimulante parecido com a cafeína.

O guaraná é um estimulante, aumenta a resistência nos esforços mentais e musculares e diminui a fadiga motora e psíquica. Por meio das xantinas possui cafeina e teobromina, e produz maior rapidez e clareza do pensamento. Entretanto, se ingerido em excesso, provoca efeitos colaterais como insonia, irritabilidade, taquicardia, azia, e dependência fisica.

Referência:
histórias e lendas amazônicas 3 – a lenda do guaraná | dapibge

https://dapibge.org.br › 2021/08 › guarana

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Por Pharmakos D'Amazônia
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